quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Consumo diário de carne vermelha aumenta risco de morte


Comer uma porção diária de carne vermelha processada pode aumentar o risco de morte prematura em até 20%, segundo estudo realizado com mais de 120 mil nos Estados Unidos e divulgado em março deste ano.

O estudo, feito por especialistas da Universidade de Harvard, dá evidências de que comer carne vermelha aumenta o risco de doenças cardíacas e câncer. No entanto, também sugere que substituí-la por peixe e carne de frango pode reduzir o risco de morte prematura.
"Este estudo oferece evidência clara de que o consumo regular de carne vermelha, especialmente carne processada, contribui substancialmente para uma morte prematura", disse Frank Hu, autor do estudo.
Os cientistas trabalharam com base em dados de um estudo feito com 37.698 homens, acompanhados por 22 anos e de 83.644 mulheres, estudadas por 28 anos.
Os participantes foram consultados sobre seus hábitos alimentares a cada quatro anos.
Aqueles que comiam uma porção diária, da espessura de um baralho de cartas, de carne vermelha sem processar, demonstraram um risco 13% maior de morrer do que aqueles que não comiam carne vermelha com tanta frequência.
Se a carne vermelha é processada, como salsichas ou toucinho, o risco aumentava para 20%.
No entanto, substituir a carne vermelha por nozes provou reduzir o risco de mortalidade total em 19%, enquanto o consumo de grãos inteiros ou de carne de ave diminuiu o risco em 14% e o peixe, em 7%.
Os autores afirmaram que de 7% a 9% de todas as mortes no estudo "poderiam ser evitadas se todos os participantes consumissem menos de 0,5 porção diária de carne vermelha total".
A carne vermelha processada demonstrou conter ingredientes como gorduras saturadas, sódio, nitritos e outras substâncias, vinculadas a muitas doenças crônicas, inclusive doenças cardíacas e câncer.
"Mais de 75% dos 2,6 trilhões de dólares em custos anuais de cuidados com a saúde dos Estados Unidos são de doenças crônicas", afirmou Dean Ornish, médico e especialista em dietas da Universidade da Califórnia, em comentário que acompanhou a pesquisa. "É provável que comer menos carne vermelha reduza a morbidade com estas doenças, reduzindo assim os custos com atenção médica", emendou.
Fonte: UOL Notícias.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Colesterol: de gota a Alzheimer

O colesterol tem várias funções no nosso corpo: ele circula por boa parte do organismo para formar membranas celulares, ácido biliar e hormônios. Mas esse acesso quase irrestrito, apesar de essencial para inúmeras atividades, traz seus inconvenientes. Isso porque dá a possibilidade de ele, quando nas alturas, acarretar estragos em diversas regiões.

Após analisarem dados epidemiológicos que relacionam altos índices de colesterol a demência, cientistas, decidiram averiguar o que estaria por trás disso. Eles descobriram que o colesterol está intimamente ligado ao surgimento das famigeradas proteínas beta-amiloides, moléculas que danificam células nervosas, promovendo a doença de Alzheimer.

Taxas elevadas de colesterol também provocam inflamações nos vasos, que, ao longo dos anos, também dificultam a passagem de sangue. Se a artéria comprometida é uma que chega ao cérebro, as células nervosas deixam de ser abastecidas adequadamente com sangue. Resultado: elas param de funcionar direito por falta de nutrientes, o que contribuiria para o extermínio das memórias. 

Outro mal que às vezes implica queima de arquivos mentais atende pelo nome de derrame isquêmico - o bloqueio por completo do fluxo sanguíneo acaba matando os neurônios, digamos, de fome. Em várias situações, a obstrução decorre do excesso de colesterol circulante. 

Quando o assunto é diabetes, sempre falamos em glicose, mas outra molécula está envolvida, o excesso de colesterol no pâncreas atrapalha a fabricação de insulina, responsável por colocar o açúcar para dentro das células e com doses a menos desse hormônio na circulação, a glicemia sobe. Por outro lado, quando você tem bastante HDL, o chamado colesterol “bom”, a probabilidade de desenvolver ou agravar o quadro diminui. 

Nem as articulações estão a salvo do colesterol em excesso, pois ele facilita o aparecimento de crises de gota. Esse distúrbio, caracterizado por inchaço e dores intensas nas juntas depende de processos inflamatórios para dar as caras.

E câncer? O colesterol também tem alguma relação? Um vestígio desse possível elo é o de que levantamentos populacionais definem sujeitos com pouco LDL (colesterol “ruim”) e muito HDL como mais protegidos contra o câncer. Resta saber se o dado encontrado é consequência do colesterol ou se hábitos saudáveis, que regulam seus níveis ao mesmo tempo que trazem outras melhorias para o organismo, são os verdadeiros responsáveis pelos números encontrados.

Quando descobrimos que grande parte dessa substância é produzida no fígado independentemente da alimentação, muita gente supõe que quase não adianta tomar cuidado com o que ingerimos.  E essa impressão não poderia estar mais equivocada, pois o consumo de gorduras saturadas, presentes no óleo de dendê, em carnes e no leite, aumenta significativamente os índices de colesterol, sobretudo de LDL.

Se as gorduras saturadas culminam em mais LDL, as poliinsaturadas das nozes e do salmão fazem exatamente o contrário. Mas elas, se ingeridas além da conta, infelizmente reduzem os níveis de HDL.

Também aposte nas fibras solúveis. Junto com a água, elas formam um gel no intestino que impede o colesterol de ser absorvido. Invista em frutas como maçã, laranja e pera e capriche na aveia (farelo ou flocos finos). Só não se esqueça de beber bastante água. 

Se o objetivo é incrementar a concentração do HDL, aliado da saúde, a melhor estratégia atende prática de atividade física. Os exercícios não apenas aumentam o número das moléculas como melhoram a qualidade delas. 

Para obter os benefícios são necessários esforço e um pouco de paciência, mudança de hábitos alimentares e prática de exercícios. Com o colesterol sob rédeas curtas, as memórias de uma vida livre de diabete, câncer e dores nas articulações têm tudo para ficar na sua cabeça.


Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Alimentos que ajudam no controle da ansiedade

A ansiedade provoca uma bagunça nas emoções e de quebra ainda reflete na saúde. Quando em excesso, ela desencadeia a sensação de mal-estar e te impede de viver a vida com mais leveza, sem tanta angústia em relação ao que ainda está por vir. Os ataques de gula também são creditados a ela. Existem tratamentos e terapias para controlar a ansiedade, mas sabia que a alimentação também pode ajudar a domar este furacão interno? 

Alguns alimentos contêm aminoácidos e vitaminas essenciais, que atuam diretamente diminuindo o estresse, combatendo a ansiedade e aumentando os níveis de serotonina, o hormônio da felicidade, que é um neurotransmissor capaz de relaxar e dar sensação de bem-estar, importante no processo do sono, do humor e que regula os níveis de ansiedade. 


A seguir, conheça alguns alimentos para ajudar aquietar a mente:

Frutas cítricas: A vitamina C, presente nas frutas cítricas, diminui a secreção de cortisol, hormônio liberado pela glândula adrenal em resposta ao estresse e à ansiedade e responsável por transmitir a notícia de estresse para todas as partes do corpo. Seu consumo promove o bom funcionamento do sistema nervoso e aumenta a sensação de bem-estar. Vitaminas e minerais, como a vitamina C, são perdidas nos quadros de estresse e ansiedade, além de queda de açúcar no sangue (hipoglicemia).

Espinafre: Contém ácido fólico, que é uma potente vitamina antidepressiva natural. Ele combate a ansiedade, pois quando está em baixas concentrações no organismo também diminui os níveis cerebrais de serotonina. Além disso, segundo um estudo da Universidade da Califórnia, o cérebro consome muita energia para funcionar e isso resulta na sobra de resíduos químicos oxidantes. É neste momento que alimentos, como o espinafre, começam a trabalhar para eliminar as substâncias em excesso.

Banana: Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisas de Alimentos e Nutrição das Filipinas comprovou que esta fruta ajuda no combate da depressão e alivia os sintomas da ansiedade. Graças ao alto teor de triptofano qua a fruta carrega, ajudando na produção de serotonina.

Leite, ovos e derivados magros: Eles são uma ótima fonte de um tipo de aminoácido, o triptofano, que alivia os sintomas de ansiedade. Uma vez no cérebro, o triptofano aumenta a produção de serotonina.

Carnes magras e peixes: Eles são a melhor fonte natural de triptofano, aminoácido que em conjunto com a vitamina B3 e o magnésio produzem serotonina, Além disso, as carnes e peixes contêm outro aminoácido chamado taurina. Esta substância aumenta a disponibilidade de um neurotransmissor chamado GABA, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade. E também um estudo americano mostrou que o ômega 3, presente em peixes de água fria, reduz em até 20% os níveis de ansiedade. .Mas lembre-se, 2 porções médias por dia já está de bom tamanho.

Chocolate amargo 70% cacau: O chocolate é rico em flavonóides, um tipo de antioxidante que favorece a produção de serotonina, O recomendado são 25 gramas de chocolate por dia.